O Ceter FIC FIDC tem como objetivo superar o CDI no longo prazo, com alocação em ativos estruturados de crédito privado. O fundo busca atingir seus objetivos primordialmente por meio da aquisição de cotas de fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs), originados por empresas com larga experiência no mercado e que apresentam uma relação risco/retorno adequada. O fundo conta com a gestão da est Gestão de Patrimônio. A alocação do patrimônio em FIDCs é feita de forma bastante diversificada, envolvendo somente cotas sêniores e mezanino. Esta estratégia busca mitigar riscos através de estruturas de subordinação robustas. O Ceter FIC FIDC investe em fundos que possuem políticas de originação de operações autossustentáveis, contudo, o monitoramento é realizado de forma intensiva para mitigar riscos de execução.
Nesta carta do mês, abordamos temas relevantes ao mercado financeiro, diante de recentes tentativas de fraude em instituições de pagamento e investigações envolvendo possíveis esquemas ilícitos.
Foi noticiada uma investigação policial sobre um ataque hacker à C&M Software – empresa prestadora de serviços para bancos e fintechs – que resultou em desvios de recursos via Pix. A Sinqia, empresa de tecnologia especializada em soluções para o setor financeiro, também foi alvo de reportagens após identificar movimentações atípicas em seu ecossistema de processamento, com indícios de fraude.
Outra operação em destaque foi a “Carbono Oculto”, que apura vínculos entre facções criminosas e o setor de combustíveis, com indícios de lavagem de dinheiro por meio de fundos de investimento.
Esses episódios contribuem para um ambiente de incerteza e atenção redobrada. No entanto, no universo dos FIDCs, não se observam casos relevantes de fraude desde 2016, com o episódio Silverado. Cabe destacar que, nesse caso, originador e administradores foram responsabilizados e ressarciram aproximadamente 70% do capital investido pelos cotistas seniores.
Desde então, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprimorou significativamente a regulação do setor – inicialmente por meio da Instrução 356, e mais recentemente com a Resolução 175. Atualmente, com a distribuição clara de responsabilidades entre gestores e administradores – os primeiros responsáveis pela verificação do lastro e dos critérios de elegibilidade, e os segundos pela checagem das cedentes e do registro dos recebíveis –, o risco de fraude em larga escala foi substancialmente reduzido.
É evidente que sempre haverá criatividade na tentativa de obter ganhos ilícitos. No entanto, é difícil imaginar fraudes relevantes em FIDCs sem conluio entre originador, gestor e administrador.
Nossa forma de mitigar esse risco, além do monitoramento contínuo, é priorizar FIDCs geridos por instituições de grande porte e reconhecida excelência. Ademais, investimos exclusivamente em fundos nos quais os originadores detenham, no mínimo, 50% das cotas subordinadas e participem de maneira relevante no volume total da operação.
Por fim, informamos que a cisão do Ceter FIC FIDC foi concluída no mês passado, de forma organizada e precisa. A partir de agora, a gestão do fundo será realizada exclusivamente pela est Gestão de Patrimônio. Desejamos pleno êxito à Nest Asset Management na condução de seus negócios e na gestão do fundo cindido.