Nesta carta de outubro, abordamos os efeitos da manutenção da Selic em patamares elevados por um período prolongado e suas implicações para o mercado de crédito privado.
Conforme destacado na última ata do Copom: “O Comitê seguirá vigilante, avaliando se a manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta. O Comitê enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste, caso julgue apropriado.”
Na visão dos formuladores da política monetária, há uma preocupação com a desancoragem das expectativas de inflação. Contudo, o que se observa, na prática, é a desorganização fiscal como principal fator de pressão. Enquanto o Banco Central atua com juros elevados e sinalizações restritivas para ancorar expectativas, o governo amplia gastos e programas de auxílio, configurando um movimento contraditório, semelhante a um cabo de guerra, que pressiona negativamente a atividade empresarial em diversos setores.

Os impactos já são perceptíveis, especialmente no agronegócio – conforme gráficos do último Relatório de Inflação –, e em empresas com maior grau de alavancagem em relação aos pares do setor. Companhias com razão dívida líquida/EBITDA superior a 4x começam a atrair atenção negativa. Casos como Braskem e Raízen ilustram essa deterioração, com dívidas sendo negociadas significativamente abaixo do valor de face.
Como gestores do Ceter FIC FIDC, temos adotado uma postura prudente, evitando exposições a setores e estruturas mais vulneráveis à manutenção da Selic elevada e à possível desaceleração da atividade econômica. Dessa forma, temos evitado:
• Setor automobilístico;
• Operações de cartões de crédito voltadas às classes C, D e E;
• FIDCs monocedentes ou monosacados, que apresentam risco elevado de descontinuidade de negócios – ainda que contem com garantias robustas, podem sofrer impacto relevante por marcação a mercado ou perda de liquidez.
Adicionalmente, nosso objetivo é manter a carteira do Ceter FIC FIDC com elevado nível de subordinação média e boa liquidez,
preservando a qualidade de crédito mesmo em cenários mais desafiadores.
Superar o CDI no longo prazo.
26 de março de 2021
NEST INT BZ
Banco Daycoval S.A.
Banco Daycoval S.A.
R$ 179.695.526,65
R$ 174.487.893,04
1,07% a.a. (máx. 2,40% a.a.)
10% do que exceder 100% do CDI
Longo prazo
Não há
R$ 1.000,00
R$ 500,00
D+0 (dia útil) para aplicações efetuadas até às 14h30
D+60 (dias corridos), com liquidação / D+1 (dia útil)
pci@bancodaycoval.com.br ou no telefone 0800 7750500
0800 7770900
39.806.561/0001-18