Nesta carta de dezembro, abordaremos nossa visão sobre os impactos da alta da SELIC nas carteiras de FIDCs de forma geral.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) elevou a taxa básica de juros para 12,25% ao ano.
Os principais motivos para essa decisão estão relacionados ao cenário doméstico, caracterizado por uma economia mais robusta do que o esperado e incertezas fiscais persistentes no Brasil. Em virtude disso, os agentes de mercado têm demandado juros mais elevados para continuar financiando o Tesouro Nacional.
Diante deste contexto, o mercado projeta que o Banco Central dará continuidade ao ciclo de elevação dos juros, ao menos até o segundo trimestre de 2025, quando a taxa básica deverá alcançar o patamar aproximado de 15% ao ano.
O aumento dos juros exerce impactos significativos sobre o custo do serviço da dívida de todas as empresas, com destaque para as pequenas e médias empresas (PMEs). Contudo, os FIDCs multicedentes/multisacados, que tradicionalmente possuem maior exposição ao segmento de PMEs, têm demonstrado resiliência em ambientes como este há décadas. Embora o cenário implique potencial elevação na inadimplência, também traz oportunidades para aqueles que possuem uma esteira de crédito bem estruturada e eficiente.
Outros segmentos, como crédito consignado público, saque-aniversário do FGTS e FIDCs monocedente ou monosacado, devem sofrer impactos relativamente pequenos. Isso se deve às suas características idiossincráticas e à gestão eficiente, que minimizam riscos indesejáveis, como o aumento da inadimplência ou o descasamento entre ativos e passivos.
Por outro lado, alguns setores merecem atenção especial, devido à sua maior sensibilidade a um ambiente macroeconômico desafiador e menor margem de segurança. Entre esses, destacam-se o financiamento de veículos e o crédito ao consumidor das classes C, D e E, que apresentam forte correlação com o nível de atividade econômica, maior inadimplência potencial e taxas de recuperação mais baixas. Segmentos como crédito consignado privado e financiamento de empresas em estágios iniciais, as chamadas “startups”, também enfrentam desafios significativos, uma vez que projetos nesse contexto tendem a se tornar inviáveis em cenários de juros elevados e persistentes.
Em nossa carteira, a exposição aos setores considerados mais arriscados é bastante reduzida, representando menos de 2%.
Na próxima carta, apresentaremos os dados consolidados de 2024 relativos aos FIDCs em geral, além de nossa análise sobre a evolução da indústria.
Superar o CDI no longo prazo.
Investidores Qualificados e Entidades Fechadas de Previdência Complementar
Multimercado Livre
26 de março de 2021
NEST INT BZ
est Gestão de Patrimônio / Nest Asset Management
Banco Daycoval S.A.
Banco Daycoval S.A.
R$ 147.917.707,07
R$ 131.423.354,62
1,07% a.a. (máx. 2,40% a.a.)
10% do que exceder 100% do CDI
Longo prazo
Não há
R$ 1.000,00
R$ 500,00
D+0 (dia útil) para aplicações efetuadas até às 14h30
D+60 (dias corridos), com liquidação / D+1 (dia útil)
pci@bancodaycoval.com.br ou no telefone 0800 7750500
0800 7770900
39.806.561/0001-18